sábado, 26 de julho de 2014

François Boucher (1703 - 1770) e o estilo Rococó - François Boucher (1703 - 1770) and the Rococó Style




François Boucher foi um pintor francês, proponente do gosto Rocócó, conhecido pelas suas idílicas e voluptuosas pinturas de temas clássicos, ou alegorias decorativas, representando as artes, os pastorais. Pintou também bastantes retratos da sua ilustre patrona, Madame de Pompadur.




Nascido em Paris, filho de um desenhador de rendas, Nicolas Boucher, François Boucher foi talvez o mais celebrado artista decorativo do século XVIII, reflectindo a maioria do seus trabalhos o estilo Rocócó.



Com  apenas 17 anos, e por iniciativa de seu pai, Boucher foi aprendiz de François Lemoyne (pintor do estilo Rococó, ao tempo já pintor consagrado), contudo passados apenas 3 meses começa a trabalhar com o gravador francês Jean - François Cars. Decorridos 3 anos Boucher ganha o Grand Prix de Rome, uma bolsa de estudo criada em 1663 durante o reinado de Luís XIV, destinada a estudantes das artes, a qual era atribuída pelo governo francês a jovens  artistas que se distinguissem na respectiva categoria. Esta bolsa anual era destinada a artistas promissores (pintores, escultores, e arquitectos) que comprovavam o seu talento através de uma competição com eliminatórias muito exigentes. 


Em 1731, é admitido como membro da Royal Academy of Painting and Sculpture como pintor histórico, tendo-se tornado membro do seu corpo docente em 1734. 
A partir desta data a sua carreira é meteórica, passando rapidamente de professor a reitor da Academia,tornando-se em 1755 Chefe da Real Fábrica de Gobelin, e em 1765 Premier Peintre du Roi (principal pintor do rei).






Reflectindo a inspiração adquirida com artistas como Rubens, os primeiros trabalhos de Bouche retratam a natureza de forma idílica e tranquila. No entanto, a sua arte evolui para retratar cenas com um estilo definitivo de erotismo. As suas cenas mitológicas são apaixonadas e amorosas ao invés das tradicionalmente épicas. 






François Boucher morre no dia 30 de maio de 1770 em Paris, França. O seu nome, juntamente com o da sua patrona, Madame de Pompadour, tornaram-se sinónimos do estilo francês Rococó.

Adenda:
Tomei agora conhecimento através do comentário do amigo Luís Montalvão, de que quem quiser ver um Boucher ao vivo, não precisará deslocar-se a Paris, pois poderá fazê-lo no Museu Nacional de Arte Antiga em Lisboa.
O quadro em questão está exposto na secção de ourivesaria francesa, antes da sala Patiño, e é uma das  muitas obras pelas quais vale a pena ir até à Rua das Janelas Verdes.























8 comentários:

  1. These are absolutely stunning! I think Francois Boucher must be my new favorite artist...lol! Thank you for following me, I'm definitely going to follow you, based on your top post alone...lol! xoxoxo

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  2. Bonito post.

    Confesso que não resisto a Boucher e admiro a personagem de madame Pompadour, uma mulher cujo gosto tanta importância teve nas artes decorativas francesas, além de que foi praticamente primeiro-ministro de França, já que Luís XV era um homem irresponsável, que delegava na amante o governo do País. Talvez tenha sido a maitresse-en-titre com mais poder em França e com mais sentido de Estado.

    Bjos

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    1. Olá Luís!

      Já somos dois a gostar deste estilo de pintura.
      Quanto à Madame Pompadur, também a considero uma mulher inteligente e de bom gosto. No entanto, ao olharmos para este tipo de quadros, vestuário, joalharia, e mobiliário que tanto nos fascina pela sua beleza, não nos podemos esquecer de que, do outro lado da barricada estavam os pobres desgraçados que não tinham aonde cair mortos.Era um tempo de contrastes talvez ainda mais flagrantes que os do nosso tempo..
      Mas, sem dúvida alguma, foi uma época marcante em todas as artes.

      Beijinho

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  3. Alexandra

    Já agora aproveito para acrescentar ao seu post a seguinte informação. Quem quiser ver um Boucher ao vivo não precisa de ir a Paris, pode fazê-lo no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa. O quadro está na secção de ourivesaria francesa, antes da sala Patiño e é uma das muitas obras pelas quais vale a pena ir à rua das Janelas verdes.

    Os excessos da corte francesa no século XVIII tiveram o seu lado positivo no extraordinário crescimento nas manufacturas de luxo em França. Este país passou a exportar para toda a Europa perfumes, trajes, tecidos, tapeçarias, tapetes, rendas, móveis, relógios, porcelanas, ourivesaria, joalharia, pintura, escultura, livros e peças de teatro, actividades que geraram empregos, desenvolveram uma grande burguesia e fizeram e ainda fazem a riqueza da França.

    Bjos

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    1. Caro Luís,

      Muitíssimo obrigada por esta informação adicional que irei acrescentar ao meu post.
      Por sinal, há longos anos que não visito o "seu" belo Museu. Estive lá com os meus pais, julgo que no início dos anos 90..veja bem...já foi no século passado, e sinceramente, não me recordo dessa sala.
      Pela sua descrição imagino as maravilhas que por lá devem estar expostas...acho que um dia destes descerei à capital...

      Beijo

      Alexandra Roldão

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  4. Como é o nome da pintura em que a mulher está de frente segurando uma rodinhas?

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